quarta-feira, novembro 05, 2008

Nápoles e o passeio pela costa de Amalfi

Neste dia a pobre da piquena armou-se em Lollipop e saiu do Voyager para o autocarro 11 às 7h30 da matina! Sim, viajar implica sofrimento, muitas horas de sono perdidas em farra ou em visitas vespertinas, mas claro, vale a pena!

E no que consiste o passeio, questionam-se vocês?
Infelizmente falhei a linda cidade de Nápoles (fica para a próxima visita), mas fiz toda a costa de Amalfi de autocarro.

Para quem não faz a mais pequena ideia do que isso significa, esqueçam as curvas apertadas da Serra da Estrela, com despenhadeiros alucinantes... É o mesmo que comparar os cavalinhos do carrocel com a montanha russa.

Caríssimos, aquilo era curva e contracurva, com uma parede rochosa de um lado e desfiladeiro do outro. O autocarro para fazer as curvas e contracurvas tinha de usar as duas faixas de rodagem, pelo que no outro sentido era bastante comum verem-se condutores pálidos e tensos, agarrados ao volante, a travar com força ou mesmos a fazer marcha atrás, porque o nosso condutor, como bom italiano, só conhecia um sentido (p'rá frente) e duas velocidades (depressa e muito depressa)!

As americanas sentadas na parte da frente do autocarro já só suspiravam "Jesus!", ao que a nossa bem disposta guia turística respondia "No Sinhora, our bus driver name is Arquelangelo!"

E enquanto viamos a nossa vidinha passar-nos pelos olhos, ornamentada por paisagens património da Humanidade, iamos ouvindo a "nostra Mamma Manuela" explicar num inglês com um sotaque italiano fortíssimo, que naquelas encostas escarpadas era proibido construir moradias, e que para transportar os materiais de restauro das que já havia, só de burro ou de helicóptero, soltando invariavelmente imprecações contra os italianos suicidas sentados em lambretas: "Look, another donkey! Stupido! Stupido!"

E assim passámos por Sorrento, Positrano, Praiano e Amalfi, tendo sempre por companhia a belíssima ilha de Capri, por onde Ulisses (ou Odisseus) terá passado na Odisseia, amarrado ao mastro do navio para poder ouvir o belo canto das sereias sem perder a vida!

Continua a lenda que depois da passagem de Ulisses, Poseidon irritado com o falhanço das sereias as terá transformado em pedra.
Hoje a Ilha de Capri é denominada de ilha dos amores, onde se respira um clima especial animado pela vegetação luxuriante.


Vista sobre o porto de Nápoles e o Monte Vesúvio


Positano com um vislumbre da ilha de Capri

Duomo de Amalfi

Equivalente às barraquinhas com terços e nossas senhoras de Fátima,
Galos de Barcelos ou Zés Povinho made in Caldas.
Mas mais giro: o Limoncello é bebida de grande teor alcoólico

5 comentários:

Cat disse...

Nem sabes a inveja que me causaste, neste preciso momento...

...Enjoy it!

:*

Rita disse...

Limoncello é muito mas muito bom, quais galos de barcelos quais quê. Curiosamente há uma lojinha em Port de Soller (Maiorca) muito parecida com essa mas que vende laranjada...
Jokas

ZaniNE disse...

Estou mesmo cheia de peninha tua, por te teres levantado às 7h da matina e teres andado em estradas perigosas! Nem sabes!?

LOL. Eu só digo estas coisas porque o facto de teres postado sobrea visita significa que correu bem! Beijoquinhas.

E obrigado por não te esqueceres de nós, mesmo aí, nesse paraíso! ;)

Rafeiro Perfumado disse...

Jove, a primeira foto está simplesmente fantástica. Seria mais efusivo, mas o SLB está a perder, vim aqui para não bater em ninguém...

Ruca! disse...

bah, ver meia itália e tar às portas de napoli e n ver a cidade mais fascinante do mundo. é um pecado, digo eu!